Cão de Castro Laboreiro


Não se sabe ao certo a descendência do Cão de Castro Laboreiro. Alguns acreditam que permaneça a uma das raças mais antigas da Penísula Ibérica, mas não há nada que comprove esta crença. É fato que a raça é originária de uma pequena aldeia portuguesa chamada “Castro Laboreiro”, de onde deriva seu nome e onde é encontrado atualmente. Este cão faz parte da cultura secular dos habitantes de Castro Laboreiro, os Crastejos. A defesa dos animais domésticos e a guarda da família durante a noite foram suas principais funções durante o século. Tanto é que o escritor Camilo Castelo Branco, profundo conhecedor do Minho e de sua gente, no seu livro ‘Brasileira dos Prazins’, referindo-se a fatos ocorridos por volta de 1845, cita a raça enaltece as suas qualidades de guarda e de fidelidade aos donos.
Ao longo do século 19 e 20, os Castrejos vendiam e ofereciam estes cães com estimado valor, como companhia e guarda para muitas quintas do Minho, dada a nobreza e função dos exemplares da raça. No século XIX, o Cão de Castro Laboreiro, devido à sua singularidade, era já referida como raça velha.

Cão de múltiplas funções, ele desempenha bem a função de guarda, pastoreiro e também pode ser usado como companhia, já que é dedicado e dócil com os donos.

  CARACTERÍSTICAS

  • País de origem: Portugal
  • Utilização: guarda e pastoreiro
  • Tamanho: 55 cm a 60 cm para machos e 52 cm a 57 cm para fêmeas.
  • Peso: 40 quilos.
  • Aspectos gerais: cão do tipo mastiff, lupoide, de linhas bastantes retangulares. Cão forte, de aparência agradável e frequentemente de notável pelagem. Seus movimentos são livres, fáceis e enérgicos. Seu latido é característico, muito alto, começando em tons variáveis, mas em geral graves e terminando em agudos prolongados como vivantes. A cauda é inteira, não cortada. Em repouso, deve alcançar os jarretes.
  • Pelagem: o pelo é espesso, resistente, um tanto áspero ao toque, ligeiramente sem brilho, bem assentado por todo corpo e muito denso. É comum o pelo curto (aproximadamente 5 cm), mas o longo ou mais curto são raros. Coxas bem peludas. Sem subpelo. As cores podem ser lobeiro em todas as tonalidades, do muito claro ao médio e escuro, sendo este último o mais frequente. Excepcionalmente as três tonalidades, podem aparecer no mesmo cão em diferentes partes: lobeiro escuro na cabeça, dorso e ombros tonalidade média no peito, na garupa e coxas e tons claros no ventre e na parte inferior dos membros. A cor preferida, porém, é a localmente chamada "cor de montanha", considerada pelos criadores em Castro Laboreiro como uma característica da raça: pelagem misturada, similar ao pelo de lobo, acinzentada, em tons claros ou escuros, mas não pretos, apresentando em partes ou sobre todo o corpo, pelos entremeados com marrom (cor de pinhão) ou avermelhado (cor de mogno).
  • Longevidade: 12 a 13 anos.
  • Agressividade: Médio
  • Área de criação: Grande
  • Temperamento: Companheiro leal, obediente com a própria família, absolutamente necessário para defesa dos rebanhos contra o lobo que ainda existe em abundância na região. É um cão de guarda ideal para vigilância constante que exerce em lugares a ele confiados. Conduta nobre,com uma expressão severa e rude, com rusticidade de montanhês. Ás vezes toma atitude hostil, mas não é brigão.
  • Atividade física: Moderada


Texto: fontes - Anuário Cães  - Editora Minuano &  Lupus Alimento

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